domingo, 26 de outubro de 2008

A mulher perfeita

Não vou entrar aqui no esteriótipo criado pelas fêmeas de que homem é tudo igual. Também poderia dizer que as mulheres são todas iguais, são difíceis de entender e etc., mas não é o que eu acredito; ou não quero acreditar. Eu tenho profunda esperança de que o meu pensamento esteja correto porque assim como sei que homem não é tudo igual, não creio que com as mulheres seria diferente.
Mas por qual motivo resolvi falar disso hoje?
Pois respondo:
Estava eu no meu rotineiro ônibus essa semana indo para o trabalho e eis que minha leitura é interrompida por um garoto que, acabado de entrar no ônibus, fica em pé bem em frente ao meu banco, do lado de uma garota que já estava ali. Começaram a conversa e eu não consegui mais continuar minha leitura, pois aquilo me chamava muito a atenção. A referida fêmea contava de suas últimas noitadas, quantas vezes foi levada pra casa por estar bêbada e falava em bebida, bebida e mais bebida. Quando o rapaz se encheu daquilo (aparentemente, ao menos; o garoto colaborava com o teor de álcool da conversa, mas em menor intensidade) ela diminuiu o tom alcóolico e começou a dizer das baladas e assim foi. Bem que o rapaz tentou falar do vestibular e do bimestre que se finda com as provas e tal, mas a garota visitou a conversa na escola só pra falar de bagunça.
Do jeito que eu falo até parece que o garoto era santo, mas vou esclarecer: não era. Só que, ou a garota exagerou muito, ou o tom dela era, no mínimo, demasiadamente maior que o dele.
Achei que fosse caso raro, mas na sexta e no sábado (dia principal de baladas) comecei a reparar (nos terminais de ônibus, claro; eu trabalho e estudo muito) o comportamento feminino, e eis que vejo que o caso da menina do ônibus não é exceção. Chuva e frio e cambada de mulher de top e mini-saia. Quando não, um vestidinho fino e curto. É bom ver, não nego, mas muito mais bonito seria algo menos ridículo. Claro que tem aqueles rapazes cabeça-oca também que vestem aquelas regatas "mamãe eu sou forte" nessa mesma condição climática, mas não estou analisando os machos de plantão. E eis que no ponto de ônibus escuto mais duas ou três conversas de garotas com as palavras "litrão", "bebida", "caninha", "bira" e por aí vai...

Ou eu estou ficando velho demais, ou os cérebros estão cada vez menores. Eu pretendo encontrar uma garota ainda que goste de festa, de se divertir, sim. De beber socialmente e que a bebida seja uma companhia e não um assunto de conversa. Mas mais que festa (queria que isso não fosse primordial, mas complementar), gostasse de um bom cinema, de ver filme agarradinho debaixo das cobertas com muita pipoca e chocolate em casa, gostasse de ir ao teatro e tivesse visão de futuro. Que se gabasse por ter lido 3 livros em um mês e não de ter sido carregada bêbada até em casa. Que tivesse um papo agradável, mas não falasse só de intelectualidade, claro, mas que tivesse um assunto inteligente.
Que seja romântica, eu adoro esse discurso das mulheres (sim, só discurso; cara romântico não tem vez), mas ao mesmo tempo gostasse de pegada, mas com muito respeito e sem vulgaridade.
Sei que ainda não encontrei essa mulher e talvez nunca encontre. E como a vida vai passando, resta-me lamentar ouvindo discursos hipócritas de que homem é tudo igual até que alguém não hipócrita prefira alguém como eu do que um malhadão pega-geral.

Obs. 1: Sim, estou num momento de carência, não reparem;
Obs. 2: Não estou generalizando, mas como disse, é o comportamento que eu enxergo nas mulheres ultimamente. Isso é verdade;
Obs. 3: Nerd tansão só tem chance em filme... é, eu sei...