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quarta-feira, 18 de julho de 2012

A Cidade da Dança

Joinville tem alguns títulos conhecidos em toda Santa Catarina: Cidade dos Príncipes, das Bicicletas, das Flores e da Dança. Destes, os dois primeiros talvez sejam os que têm menos razões para existir. Apesar de, historicamente, a então Colônia Dona Francisca ter sido um pedaço de terra oferecido como dote de casamento à princesa Dona Francisca, eles jamais estiveram aqui. As bicicletas tiveram sua época, mas hoje a cidade é tomada pelos carros; e algumas fontes chegam a dizer que Joinville é o município brasileiro com o maior número de carros no país, proporcionalmente à sua população, claro.

Mas Cidade das Flores é algo que já podemos relevar. Apesar de não ser tão florida quanto era nas primeiras décadas de existência, a maior cidade catarinense realiza um dos mais antigos e mais tradicionais festivais dedicados às flores no Brasil. Mas é como Cidade da Dança que Joinville encontra o título mais definidor da sua vocação cultural.
Além de abrigar a única filial da Escola do Teatro Bolshoi fora da Rússia, Joinville promove o maior Festival de Dança do Mundo. Bailarinos de várias cidades e nacionalidades vêm para cá assistir, aprender e se apresentar em palcos espalhados por toda a cidade: praças, shoppings, hospitais, pátios das indústrias (que aqui tem aos montes) e o coração de tudo: o Centreventos Cau Hansen (foto abaixo), onde ocorre as noites de abertura, de gala, encerramento e as mostras competitivas.
Os pequenos também têm seu espaço. No Teatro Juarez Machado, crianças apresentam os passos ensaiados com dedicação e responsabilidade, numa demonstração de dedicação de colocar inveja em qualquer marmanjo.

Centreventos: a Arena Multiuso palco das principais
apresentações do Festival

A Feira das Sapatilhas, além de ser ponto de encontro de todas as pessoas que fazem e prestigiam essa festa, vira um shopping de artigos para dança, sempre ao som das músicas que embalam as coreografias do palco instalado lá.
Tudo se tranforma. São dez dias que Joinville respira cultura, tão em falta no dia-a-dia daqui. Quem, em dias comuns, não se mostra nem um pouco interessado em qualquer tipo de arte, é pego de surpresa tendo a atenção presa em alguma atração das tantas espalhadas pela cidade. Ainda que habitualmente os joinvilenses não sejam tão adeptos e receptivos a programas culturais, esta festa é aceita, celebrada e vivida com entusiasmo. E não falo de pouco entusiasmo: são 30 anos de Festival. Três décadas que os maiores nomes da dança nacional e internacional falam, conhecem e se apresentam em Joinville.

Aos que vivem aqui e não sabem dar um passo de qualquer tipo de dança, resta dançar com os olhos. Sim, o brilho do olhar dança no ritmo da coreografia assistida. Ao final, depois do som da música e do silêncio da plateia, vem os aplausos. Aplausos a algo maravilhoso que acontece por aqui e que nos enche de alegria e orgulho de morar na Cidade da Dança.