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domingo, 23 de março de 2008

A Semana Santa de 30 dias


Pois bem galera... dia 23 de fevereiro eu comecei novamente a tomar frente de um dos (se não O) projeto que mais eu amo fazer: o Teatro da Paixão de Jesus. Sei que o tempo de preparação para um trabalho dessa complexidade deveria ser beem longo, mas não é a minha realidade.
Eu dirijo há cinco anos uma peça organizada pelo grupo de jovens que eu participo e hoje sou coordenador. Ninguém ganha nada com isso, é tudo voluntário. Ao contrário. Fazer essa peça já me encheu de prejuízos, mas eu não reclamo, porque amo fazer e organizar.
Esse ano foi o que tivemos o maior apoio. E se eu soubesse que o pároco iria apoiar tanto, eu teria me organizado antes. Mas como eu iria comandar uma peça que depende dos grupos de jovens sem nem mesmo ter terminado o carnaval? É aquela história: no Brasil o ano só inicia depois do carnaval... ridículo isso! Mas enfim, é nossa realidade. A galera tava de férias, o carnaval foi cedo e assim, tive pouco tempo pra organizar.

Mas pelo primeiro ano fizemos uma apresentação sonorizada. Antes era tudo no "gogó". Teve cenas de lembranças num telão e Maria cantando maravilhosamente com Jesus no colo.
Da história da peça, esse ano trabalhamos com o terceiro roteiro... mais um escrito por mim. Não estou me gabando até mesmo porque não tem nenhum especialista em roteiro para criticar meus escritos, mas apenas para contar a vocês que além disso, eu, como já disse, dirigi o teatro, atuei como Jesus e ainda fiz o cartaz de divulgação e corri atrás - junto com o padre - do som.
Falando assim até parece que eu fiz tudo sozinho... nem ouse pensar nisso! Teve a galera que além de atuar, carregou bancos e mesas para montar e pregar os palcos num seviço duramente braçal (o qual eu tive pouca participação) para ter onde desenvolver-se as cenas.
Tem o povo que ajudou nas instalações, que quebrou a cabeça para ver a melhor forma de erguer a cruz, os guerreiros que, em cima da hora, tiveram que improvisar um som para as ruas, as meninas pra lá de empenhadas com o figurino, maquiagem, música e cenário... enfim; um trabalho realmente de equipe.

Para isso foram necessários ensaios demorados e urgentes pelo pouco tempo que tínhamos para preparação. A falta de volutários e a falta de comprometimento também nos preocupava muito. Mas ao final deu tudo certo.

É uma felicidade muito grande saber que existem pessoas que compram a loucura com a gente e mergulham nessa. Queria agradecer a cada um em especial e dizer que sem vocês não bastaria eu sonhar.

Ah! E já ia me esquecendo. Sexta foi essa apresentação maravilhosa que emocionou muita gente e acreditem, os sorrisos, as lágrimas, os sustos, os aplausos são pagamentos que valem muito mais que dinheiro e pagam todo o nosso cançasso.
Mas no sábado, onde celebra-se a missa da Vigília Pascal, o Judes preparou a liturgia. Ficou tudo perfeito! Destaque à Natália, menina eficientíssima (se é que existe essa palavra) que decorou e declamou a passagem da Criação do Mundo segundo o Gênesis. A dança ficou muito linda e agradeço a cada dançarino e dançarina pelo empenho.
No final fomos homenageados, mas a nossa maior alegria é saber que tudo isso torna o nosso grupo cada vez mais, um grupo de amigos-irmãos.