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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Desventuras em série

Primeiros dias de janeiro. Eu e um certo amigo, os dois cinéfilos, resolvem sair de Joinville rumo a Curitiba para assistir aquele novo filme de James Cameron, Avatar, em IMAX. Se acaso você não sabe nem quem é James Cameron nem o que é IMAX, o Google pode te ajudar.
O objetivo da nossa empreitada era ir, assistir o filme e voltar no mesmo dia. Tudo muito rápido e simples, mas um pequeno incidente ainda na rodóviária de Joinville já provou que nossa viagem não iria ser tão simples assim: o ônibus que cumpria a linha Rio do Sul - Curitiba quebrou, fomos obrigados a esperar a troca de ônibus e saímos com meia hora de atraso.

Chegando na capital paranaense, nossos planos de procurar de ônibus o shopping que tem a tal sala de cinema miou, já que não tínhamos mais tempo hábil de arriscar uma perdição por Curitiba. Pegamos um táxi até o shopping debaixo de muita chuva, e debaixo de muita chuva atravessamos a rua (o taxista não nos deixou na porta do shopping) até entrar no centro comercial.

Chegando ao terceiro piso do lugar, onde fica a sala IMAX, nos deparamos com uma fila quilométrica. Logo nos ocorreu a possibilidade de não haver mais lugares para aquela sessão. Encontrei um amigo de Joinville por lá, tiramos algumas fotos da entrada da sala e fizemos piadinhas sobre nossa situação. Logo veio a informação de que estávamos errados. Sessões legendadas só daqui a dois dias!

E agora, o que fazer? Voltar pra casa e desperdiçar o dinheiro da passagem? Ou ficar e encarar uma despesa além da planejada?

Corremos pra procurar alguma posada ou hotel mais barato. Guia Hagah, Google Earth, Fórum Valinor, usamos de tudo, e por fim nossas consultas na lan house não nos ajudaram em nada. Mas a informação da companhia de ônibus que nós poderíamos trocar as passagens sem multa nenhuma nos atiçou a vontade de buscar uma solução de estadia. Se trocássemos os bilhetes três horas antes da marcada não teríamos problema nenhum.

O meu amigo joinvilense que encontrei na fila do cinema era uma solução. Liguei pra ele, mas ele já estava voltando de viagem. Eram dois problemas pra resolver, mas primeiro tínhamos que garantir o ingesso, se não de nada adiantava ficar.

Voltamos à fila. E ela estava ainda maior. Meu amigo olhou pra mim e exclamou: "Não vai dar tempo de enfrentarmos essa fila e chegarmos a tempo na rodoviária pra trocar as passagens!". De fato, tínhamos somente meia hora para comprar os ingressos e voltar à rodoviária.

Eu, como bom super-heroi, fui falar com uma das funcionárias do cinema e expliquei nossa jornada para assistir o tal filme na tal sala. Cordialmente ela levou ao gerente dela nossas súplicas que - embora eu não pudesse contar aqui - nos arrumou o ingresso para uma sessão do dia seguinte. Sessão dublada, ok, não era o que esperávamos, mas ao menos iríamos ver Avatar em IMAX.

Voltei com o troco e os ingressos na mão, tão expressivo quanto Robert Pattison, a pedido da funcionária que pediu pelo amor de Deus que não mostrássemos o ingresso para ninguém. Fiz um gesto com a sobrancelha para que o meu amigo saísse da fila e fomos correndo em busca de um táxi para chegarmos a tempo de trocar as passagens.

Até tentamos fazer o taxista ter dó da gente e ceder um sofá na casa dele para não precisarmos pagar hospedagem. Mas só conseguimos umas dicas de hotéis na frente da rodoviária a preços populares.

Trocamos a passagem com sucesso e escolhemos o hotel menos ruim. E de fato nem era tão ruim. Apesar do elevador quebrado, ele tinha toalhas para o banho, o que era uma preocupação minha, pois só tinha ido com a roupa do corpo.

Saímos pela noite curitibana em busca de um supermercado, onde pudéssemos comprar janta e café da manhã. Ali nada demais aconteceu, a não ser o fato que não havia pão francês e precisamos comprar quatro deles numa padaria que nos cobrou R$ 2 por isso. Absurdo!

Na volta ao hotel, além dos nossos vizinhos de quarto (do andar de cima) que ficavam cuspindo nas nossas cabeças pela janela (uma pista do que vai acontecer no final dessa história), e das conversas sinistras envolvendo demônios e a Dori do Procurando Nemo, nada de estressante aconteceu. Só que meu amigo, diz ele, não dormiu a noite toda, certa hora da madrugada alguém queria entrar no quarto e eu não vi nada. Relatos contam que eu não durmo, eu morro. Bom... isso não é relevante.

Dia seguinte, tomamos o nosso café da manhã com bolo formigueiro e o achocolatado pronto da Frimesa (gente, é muito ruim, nunca comprem nem tomem isso!), tomamos nosso caminho rumo ao cinema. Meu amigo estava mal, até entrarmos na sala e viajarmos a Pandora numa experiência indescritível. Santo remédio esse IMAX!

Nós ainda tínhamos uma hora e meia em Curitiba desde que retornamos à rodoviária. Resolvemos ver algum lugar bacana por perto, pois seria entediante ficar na rodoviária esse tempo todo. No balcão de informações turísticas descobrimos que o Jardim Botânico ficava próximo e caminhamos até lá.

Tinha acabado de chover em Curitiba. As poças de água se formavam pelos cantos das ruas e calçadas. No caminho, uma dessa calçadas estava intransitável, pois a chuva havia formado uma verdadeira lagoa. Meu amigo me disse: "Vamos ter que invadir a rua e correr se não quisermos nem nos molhar, nem morrer atropelados". Feito. Mas só foi invadirmos a pista, dezenas de carros já vinham em nossa direção. Gritei: "Atravessa a rua, atravessa a rua!". E seguimos para a calçada do outro lado da rua, que margeava a pista de ônibus, também alagada.

Respirávamos aliviados, por termos escapado de um terrível atropelamento até ouvirmos uma buzina insistente. Juntos pensamos: "Mas porquê a buzina se não estamos no meio da rua?". A resposta não tardou. Um ônibus biarticulado invadiu a pista alagada e secou-a nas nossas roupas. E nunca vi um ônibus com tantas rodas! Era água que não acabava mais!

Com cheiro de asfalto, visitamos o ponto turístico de Curitiba e voltamos a Joinville sem mais nenhuma desventura pra contar. E era só o que faltava ter mais alguma, né?
obs. 1: Adorei o transporte coletivo de Curitiba. Aquelas conexões entre os tubos são incríveis e a moça falando nas caixas de som a próxima parada são muito interessantes. Andar de ônibus em Joinville se tornou broxante agora (mais do que já era);
obs. 2: Em breve eu comento Avatar no Set Sétima.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Por que?

Por que as pessoas questionam tanto unicamente para fazer o mal?
Por que as pessoas criticam Deus e não criticam a si mesmas?
Por que os políticos não pensam mais na sociedade do que em seus partidos e interesses particulares?
Por que os nossos governantes têm ânsia de nos deixar envergonhados deles?
Por que as pessoas querem levar a melhor por cima das outras?
Por que as pessoas exigem seus direitos, mas não cumprem seus deveres?
Por que os patrões não pensam mais no bem-estar dos seus funcionários do que nos lucros exagerados e ascendentes de suas empresas?
Por que as pessoas se deixam levar tanto pelo dinheiro e tão pouco pelo amor?
Por que as pessoas costumam dar mais valor ao dinheiro que aos bons sentimentos, com a desculpa de que carinho não enche barriga?
Por que as pessoas se corrompem e não olham para o próximo com medo de serem atacadas?
Por que as pessoas não procuram ver o lado positivo das coisas?
Por que as pessoas não tentam ser mais otimistas?
Por que as pessoas não são mais solidárias?
Por que trocar um livro pela droga?
Por que trocar uma música pelas desavenças?
Por que as pessoas não se calam ao invés de falar tolices?
Por que as pessoas não querem enchentes, mas jogam lixo no chão?
Por que as pessoas não querem morrer, mas bebem antes de pegar o volante?
Por que as pessoas não querem ter câncer, mas fumam?
Por que as pessoas não querem ficar sem água, mas não a preservam?
Por que as empresas querem aumentar sua produção, mas não cuidam para evitar um estrago de onde tiram sua matéria-prima?
Por que as pessoas querem um mundo melhor, mas não sorriem?
Por que os jovens querem um futuro vitorioso, mas desperdiçam o tempo nas futilidades?
Por que as pessoas querem viver num mundo mais humano, mas desperdiçam seu tempo com o preconceito?
Por que as pessoas lutam pela igualdade e não dão acesso aos deficientes?
Por que remetem a solução do sistema criminal ao aumento de vagas nas penitenciárias, e não ao apoio ao esporte, educação e cultura?
Sabe porquê?

Porque as pessoas só pensam em si mesmas. Porque não se tratam como iguais. Porque o mundo nunca será o melhor lugar pra se viver enquanto as pessoas não caírem na real que a minha felicidade só existe enquanto o meu próximo estiver feliz. Porque nunca teremos tudo o que quisermos enquanto ficarmos medindo forças com a natureza. Porque enquanto tiver alguém muito rico no mundo, outro estará muito pobre. Porque onde houver excesso de fartura, alguém estará passando fome. Porque nunca estaremos satisfeitos se continuarmos nessa nossa mesquinhez por dinheiro e poder.
Porque não é igreja que dá a salvação, não é partido político que dá alimento aos pobres e não é droga que livra da angústia.
Mas é amor que reconcilia e dá compreensão mútua, é respeito que gera igualdade e preocupação, e consciência que nos garante um lugar melhor para viver com a natureza, é atitude que livra da fome e nos aproxima de Deus.

Faça uma expeiência em 2010. Sorria mais. Olhe com brilho nos olhos para seu próximo. Doe mais de si mesmo. Você vai ver que tudo o que você dá, recebe em dobro, e o mundo será muito melhor quando aprendermos a viver como uma grande família.
O ano novo tem tudo para ser o melhor de todos. Só depende do que você fizer para o próximo: o retorno será bem mais recompensador!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Beto Carrero World

Depois de mais de mês sem novas postagens, volto à ativa num assunto de pouco rendimento, mas, ainda assim (pra mim), interessante. Não se propõe, no entanto, a ser mershandising. Muito pelo contrário. É uma experiência minha, meus sentimentos em relação a este lugar.
Em 2001 foi a primeira vez que eu fui no Beto Carrero. Na ocasião, o valor promocional do passaporte era R$ 15. Eu tinha 12 anos, nunca tinha visto uma montanha-russa na vida, tampouco passado um dia tão divertido na minha história e, por isso, aquele dia me marcou tanto que o parque, um dos maiores do mundo e o maior da América Latina, passou a ser uma das minhas rotas prediletas.

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Oito anos se passaram e ontem eu fui pela 9ª vez. O passaporte promocional é, hoje, mais caro que o preço normal que quando eu fui pela primeira vez: R$ 60. Mas o que é capaz de fazer eu gostar tanto desse lugar? Enumero:

Por ser um parque temático, eu, na minha fértil imaginação, imagino horrores de coisas. A cada rua do parque eu me deparo com uma história, com o "Era uma vez" de um livro, ou com a abertura de um filme. Seja na Ilha dos Piratas, no Velho Oeste, ou num passeio de trem pelo tempo e na era dos dinossauros. Sempre volto de lá carregado de inspiração, pesado de "bagagem imaginativa" e saciado de fantasia e adrenalina.

Pelo fato de Beto Carrero ter sido um cowboy, cavalo é o que não falta. E é incrível ver tantos animais - um dos meus prediletos - de várias raças, cores e tamanhos. Desde o mais desconhecido, até o famoso companheiro do falecido João Murad: o Faísca. E o que mais chama a atenção é o cuidado com que os animais são tratados. Respeito, carinho, higiene. Além de todo o gigantesco zoológico com diversos animais: algo que não é tão fácil de vermos com frequencia: zebras, girafas, elefantes, leões, ursos e uma verdadeira fauna de mamíferos e aves.

E pra deixar o dia de qualquer um que passa por lá ainda mais incrível claro que tem os brinquedos. Atração principal que transforma o dia de todo mundo. E, apesar de não serem muitos (os radicais), mas são caprichados.

Ontem fui na nova montanha-russa. Inaugurada em 28 de dezembro, alguns navios fizeram o translado, duzentos e poucos caminhões percorreram escoltados na BR-101 sul, interditada especialmente para o transporte. Tudo isso para botar de pé a maior montanha-russa da América Latina, única invertida do Brasil (com os trilhos sob a cabeça e os pés suspensos), numa queda de 40 metros a 100km/h, uma paisagem exuberante e um trajeto que passa por cima de um rio. Andar ali é uma experiência sem explicações. Fenomenal. Valeu a pena a fila de uma hora.

Além de todos os outros já conhecidos: a Star Montain, o Elevador, Tchibum, Império das Águas, Big Tower (que eu não fui dessa vez, faltou coragem) entre tantos outros.
E pra encerrar, um show que mistura comédia e bang-bang, numa lenda criada para contar a história de Beto Carrero, conforme ele sonhava em ser conhecido: o Zorro brasileiro.

Sei que existe nesse mundo (e isso é assunto para outro post) pessoas de vários tipos que sempre querem ver "sem gracisse" nessas coisas. Que não entendem o que é sonho e fantasia e o quanto tudo isso faz bem pra gente. E pior ainda são aqueles que sempre atribuem a realização do sonho à desonestidade.

A história de João Murad e tudo o que ele conquistou me enche de esperança e confiança, e talvez seja por isso que eu goste tanto daquele lugar. Ele sonhou em ser o "cowboy brasileiro" e, apesar de título não tão popular, não houve outro além dele. Ele sonhou em construir a "Disney brasileira", e ergueu. Não está pronta, e nem é tão majestosa quanto o parque americano, mas está no caminho certo. E tudo começou simplesmente com um circo.

Os maldosos, como disse acima, costumam atribuir essas coisas à atitudes desonestas, como "vender a alma". Eu até acredito que João Murad tenha vendido a alma, mas não para o diabo. Vendeu para os seus sonhos, para seus músculos e suas ideias. Vendeu para sua mente, para, com força de vontade, arregaçar as mangas e lutar por aquilo que ele queria. E tudo foi tão intenso e verdadeiro, que contagia a cada um de nós quando entramos lá e nos entregamos às viagens que cada metro quadrado do parque nos proporciona embarcar.

Sem dúvida, cada passo é uma aventura radical.



Fotos: no alto, o letreiro gigante na entrada da Fire Wip e um pedacinho dela. Foto minha
Aqui embaixo, foto de divulgação dos loopings da Star Montain

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segunda-feira, 7 de julho de 2008

Os Duendes são "Mais Você". O Jornal e o Giba

Não. Isso não tem o objetivo de ser um daqueles posts de fofoca. Longe disso. Apenas que essa semana aconteceram um monte de coisas que me chamaram a atenção e se eu fosse deixar pra comentar cada uma delas levaria eras e o "quente" do negócio iria esfriar; ou seja, iria perder "o calor do momento" de comentar essas coisas.

Começo, portanto, com a gafe de Ana Maria Braga em seu programa "Mais Você" do dia 1. Citando Ana:
"O nome 'da Silva' acaba com o David"

Bem, explicando. A apresentadora está numa fase de dar um gás no seu programa que, apesar de falar de receitas deliciosas, está um tanto sem sal e com uma audiência salgando demais os cofres da Globo. Diante disso, a produção do programa resolveu fazer um game (reality show) por nome "Eu me garanto". Semana passada o quadro apresentava estudantes de Publicidade e Propaganda e realizava provas com eles para decidir quem era o melhor e levar o prêmio. Um dos participantes era Alguma coisa David da Silva. Daí, ao chamar o rapaz a apresentadora questionou a pronúncia do "David" (se lia-se "Deividi ou Davi) e o rapaz disse que era "Deivid". Daí a apresentadora soltou aquela frase destruindo com os poucos "da Silva" existentes no Brasil. Bem, embora não tenha sido a intenção, mas ela chamou o nome "da Silva" feio e incabível com a "chiquesa" de David... Pode?

Seguimos, então...
Nesse sábado só quem mora na região de Joinville pôde ver, mas não é o caso dos meus leitores. Porém, o ocorrido me chama atenção a uma atitude bem típica da humanidade. Eu trabalho com exibição de imagens na RBS TV (afiliada Rede Globo em SC e RS) e no último sábado estava eu operando o Jornal do Almoço quando eu cometo um erro e não exibo a abertura do programa e vaza o que estava exibindo em Florianópolis. Ficou medonho. Mas continuemos: logo a seguir a âncora do jornal chamou uma matéria e não puseram no ar (dessa vez não culpa minha) e ela ficou com cara de taxo! Mandaram ela passar pra próxima. E cadê a matéria? Alguns minutos depois, acharam a matéria e se organizaram. Ao final do jornal, a âncora disse: "E o Jornal do Almoço vai ficando por aqui e você fica com as imagens do...". E não tinha imagem nenhuma pra encerrar.
E onde eu quero chegar com isso? Quantas vezes um jornalista erra lá na bancada (como o caso da Zileide Silva recentemente no Jornal Hoje) e ficamos matralhando o cara que tá no ar? Pois saibam que, pelo menos no caso que eu contei aqui, a Glória Alice, âncora do JA não teve erro nenhum! Pelo contrário: ela teve calma e jogo de cintura. A culpa é nossa ali atrás das câmeras, mas muita gente nem se lembra que tem mais um monte de gente por trás daquilo tudo.

E eis que na "Sessão da Tarde" essa semana passou mais um filme glorioso e inédito: "Xuxa e os Duendes 2. No Caminho das Fadas". Na verdade não vim aqui metralhar o filme; não é exatamente o objetivo. Mas eu assisti pacientemente esse filme e comecei a questionar algumas coisas que me intrigaram. Por que a Xuxa e sua gloriosa produção subestimam tanto as crianças?
Não gosto de fazer comparações e como eu disse não é o caso de travar discussões mais complexas aqui. Pretendo ser um tanto superficial numa discussão intrigante. Comparemos o brasileiro com "Harry Potter e a Pedra Filosofal", primeiro filme do bruxinho que ainda tinha tons infantis. Veja a linguagem e a forma como a criança é tratada. Não estou falando na qualidade de efeitos e coisas do tipo. Mas é ridículo achar que as crinaças são idiotas e não sabem pensar. Um filme mastigado que se perde em mershandisings e lições de moral!
Em certa cena, a palavra mágica para quebrar um feitiço é "Por favor, com licença e obrigado"! Tá bom, tá bom! Muita gente pode concordar com esse tom "educativo" do filme, mas eu não gosto, não é pra isso que eu levo minha irmã no cinema ou que eu vou no cinema.


E pra encerrar, uma coisa boa: célebre citação de Giba, jogador de vôlei:
"A imprensa brasileira incomoda. Vive de desgraça e coisa ruim."

domingo, 29 de junho de 2008

Marcando posições

Bem galera, depois de mais de um mês sem novos posts aqui no Andarilho, volto ao cenário blogueiro novamente. Falta dizer que senti saudades, claro. E que pra alguém que adora escrever, as últimas semanas foram as que eu tive menos contato com as letras.

Hoje venho aqui, retomando as postagens deste blog, para falar das posições que eu tenho acerca das várias coisas. Eu cansei de ficar sendo maleável, tipo água que se adapta a qualquer recipiente onde é jogado. Eu falo isso pois, apesar de sempre defender de alguma maneira as minhas idéias, por outro lado acabo tentando de alguma forma não contrariar a pessoa que eu ouve o que eu exponho. Bem, então vou deixar claro algumas posições minhas para que daqui por diante, no momento em que eu criticar essas coisas, vocês saibam da minha posição. Até é bom que nem todo mundo concorde, afinal, se dissermos amém para tudo que todo mundo diz com convicção, iríamos morrer enganados e pobres. Por outro lado, que todas as discordâncias sirvam para contruir e não para derrubar.
E é dessa vertente que começo a nossa conversa: odeio pessoas pessimistas. Bem, mas eu sou pessimista! Então esmiucemos...
Há alguns tipos de pessimismo. Um (o meu) é o único que não repudio. Não porque é meu, até mesmo porque conheço outras pessoas que compartilham esse mesmo tipo de pssimismo, mas porque ele não prejudica ninguém. Eu prefiro ser pessimista nas minhas expectativas. Se dão certo, para mim é motivo de alegria. Se dá errado não vou ficar triste: eu já estava pessimista!
Mas o que me irrita são aquelas pessoas que querem que tudo aconteça errado. Se planejamos uma praia no final de semana, diz que vai chover, se torcemos para a seleção brasileira fazer gols (tá, eu sei que tá difícil, mas já vou mostar o outro lado da coisa), a pessoa fica dizendo que vai perder... Porra! Se você sentou na cadeira com a camiseta da seleção para torcer pelo Brasil, então torça pelo Brasil! Aí vem o contraponto que eu prometi: criticar e ser pessimista são coisas diferentes. Eu posso avaliar, nesse exemplo, a atuação da seleção, comparar com o histórico ridículo dos últimos jogos e fazer uma crítica. Mas torcer é outra coisa e a regra básica do bom torcedor é esperar a vitória!
Sei que o exemplo foi tosco e dois exemplos são poucos para mostrar a minha opinião, mas acho que já dá pra tentar entender.

Funk ao estilo "Créu" e "Pirigueti" pra mim não é música. Isso porque, na minha opinião, não tem musicalidade. Não há uma preocupação, em nenhum dos dois casos, com arranjo, tom e voz. As pessoas falam de todo mundo, reparam em defeito vocal de todos os cantores. Mas neste não vêem nenhum. Porque será? Simplesmente por que as pessoas não estão preocupadas com a música e sim com a batida. Nesse caso prefiro Olodum. E quando não estão afim das batidas, estão concentrados: eles nas bundas das dançarinas (daí prefiro ver filme pornô, vejo muito mais. Ou melhor, prefiro procurar alguém, é muito melhor que ver) e elas (generalizando, sim!) em se mostrar. Portanto, é ridículo essa coisa que tem gente que gosta dessas coisas. Estilo musical, se é bom ou não, é outra discussão. Mas que "Créu" não é música, tenho certeza disso.

Creio em Deus. Ele existe. Pode provar que não? Não pode? Então não critique! Respeito todas as igrejas e religiões, e até mesmo que não acredita, desde que me respeite também. Mas isso não quer dizer que concorde com todos os tipos de fé. São poucas, na verdade. Não por crítica com credos, mas sim por não concordar com o modelo "Igreja Empresarial: enriqueça tendo uma só sua". Por isso admiro as religiões orientais. Porém, sou Católico e sei das quadradices da Igreja, conheço a história da Inquisição, não faltei a aula quando me contaram a história de Joana D´Arq - a maior contradição da história da Igreja Romana - não concordo com tudo que o papa diz. Mas entendo o porquê das decisões dele. Por isso continuo sendo católico. Se quer saber porquê, mesmo eu expondo que conheço e reconheço todos os podres da Igreja, só me perguntar!
Nunca sei quando se usa "porque", "por que", "porquê" e "por quê". Não me digam! Eu vou ter que estudar!
E a propósito; não concordo com a inutilização do trema.


Não aho que todos os políticos são corruptos. Mas atualmente posso dizer que quase todos. Não concordo com o socialismo. Mas sou contra o capitalismo doentio que vivemos hoje. Amo o Brasil e odeio quem fala mal daqui: é vomitar no prato que come. Tem problemas, sim! Mas que nação não tem? Muitos dos problemas nossos são causados por nós mesmos e prometo abordar isso nos próximos posts.
Não critiquem o cinema de Hollywood! Eu gosto! Que se ralem quem acha que é previsível e balálá, balálá... há outros bons, mas quase a totalidade de Hollywood me agrada.
Amo leitura. Leia mais! Ler também é um exercício.
Assisto TV sim! Gosto? Nem tanto! Mas algumas coisas se salvam.
Não acho que a Globo seja manipuladora. É manipulado quem quer! O controle remoto foi inventado há bastante tempo.

Bem, não me lembro de muito mais coisas a falar. Acho que as mais polêmicas já explicitei aqui. Talvez minha volta não foi a mais agradável de ser lida, mas pra mim, pelo menos, foi bom. Numa fase de conquistar novos leitores e reafirmar as minhas posições.
Como diria a Dory de "Procurando Nemo": "Acho que nunca comi um peixe... ufa! Como foi bom botar isso pra fora!"
Aos bons entendedores, o contexto está falando por mim, e não a frase em si.

Obrigado pela atenção e minhas desculpas pelo post mais chato da história do Andarilho.


obs. 1: Tem nova enquete e dicas de filme e música ali do lado. Atualizei tudo.