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domingo, 17 de janeiro de 2010

O Andarilho: 2 anos

Há exatos dois anos eu escrevi o seguinte post aqui neste blog:

E eu aqui, em novo endereço... mais um?
Pois é... resolvi priorizar o meu outro blog e focar ele somente para o meu trabalho literário. Minhas indignações, experiências e afins deixarei aqui. Aqui tem link pro outro também e ficarei tão feliz que vocês comentem nesse, quanto naquele. Ambos são importantes para mim.
Em muitos momentos, os assuntos dos dois vão convergir, afinal, meu trabalho (hobbie ou perca de tempo como quiserem) faz mais parte da minha vida que qualquer outra coisa e sinto-me feliz por isso. Tanto é que o título desse blog se refere à TL - Tedawer Lorcb, lugar onde se passa a principal e central das minhas histórias. Se é mitologia, besteira, plágio (isso não, eu juro!), vocês que vão dizer. Moro aqui na Terra, mas sou um inegável andarilho de Tedawer Lorcb. Espero que você também... enquanto estiver na Terra, me faça companhia por aqui, mas não deixe de ir lá em TL pra ser um andarilho também...

O primeiro aniversário do Andarilho eu nem dei muita importância, mas é inegável que qualquer um dos meus três blogs guardam muita coisa de mim. A função do Andarilho é fazer tudo aquilo que eu não conseguiria fazer em algum veículo de comunicação que porventura eu venha a trabalhar. Seja por não vontade do editor, seja por falta de espaço, ou seja pelas limitações publicitárias ou de políticas da empresa que não nos permitem falar algumas coisas. Por mais que eu não tenha noção se alguém lê isso aqui, ou quantas pessoas leem, o Andarilho é muito importante pra mim. Mesmo que eu passe meses sem postar. Eu adoro escrever, adoro que as pessoas leiam o que eu escrevo, e aqui ninguém está me enchendo, dizendo o que eu posso ou não dizer.

Claro que já houve situações que tive de tirar o post, excluí-lo, pois me chamaram de machista, pedófilo, entre outros absurdos. Com isso já perdi alguns leitores, aqueles que certa vez, aqui mesmo, eu chamei de pseudo intelectuais (vide este post).
E fico feliz que aqui no Andarilho, em 53 posts (esse é o 54º), eu tenha tratado de coisas que me inquietam no dia a dia, sendo, de fato, um retrato fiel das minhas andanças em qualquer lugar que eu passe. É como se fosse mesmo a visão de um andarilho, alguém que por fora observa a hipocrisia e gênio das pessoas que fazem o nosso mundo.

Se vocês estiverem com paciência, sugiro a leitura daqueles que são meus posts prediletos. E quando eu for rico, prometo: vou fazer daquelas promoçõezinhas clichê de "o aniversário é nosso, mas quem ganha é você", haha.
Obrigado pela companhia galera, fiquem com Deus e até o próximo post!

Segue o link dos meus posts prediletos:
O maior tesouro... a água
Carta de um ateu
Deus com qualidade, variedade e preço baixo

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Desventuras em série

Primeiros dias de janeiro. Eu e um certo amigo, os dois cinéfilos, resolvem sair de Joinville rumo a Curitiba para assistir aquele novo filme de James Cameron, Avatar, em IMAX. Se acaso você não sabe nem quem é James Cameron nem o que é IMAX, o Google pode te ajudar.
O objetivo da nossa empreitada era ir, assistir o filme e voltar no mesmo dia. Tudo muito rápido e simples, mas um pequeno incidente ainda na rodóviária de Joinville já provou que nossa viagem não iria ser tão simples assim: o ônibus que cumpria a linha Rio do Sul - Curitiba quebrou, fomos obrigados a esperar a troca de ônibus e saímos com meia hora de atraso.

Chegando na capital paranaense, nossos planos de procurar de ônibus o shopping que tem a tal sala de cinema miou, já que não tínhamos mais tempo hábil de arriscar uma perdição por Curitiba. Pegamos um táxi até o shopping debaixo de muita chuva, e debaixo de muita chuva atravessamos a rua (o taxista não nos deixou na porta do shopping) até entrar no centro comercial.

Chegando ao terceiro piso do lugar, onde fica a sala IMAX, nos deparamos com uma fila quilométrica. Logo nos ocorreu a possibilidade de não haver mais lugares para aquela sessão. Encontrei um amigo de Joinville por lá, tiramos algumas fotos da entrada da sala e fizemos piadinhas sobre nossa situação. Logo veio a informação de que estávamos errados. Sessões legendadas só daqui a dois dias!

E agora, o que fazer? Voltar pra casa e desperdiçar o dinheiro da passagem? Ou ficar e encarar uma despesa além da planejada?

Corremos pra procurar alguma posada ou hotel mais barato. Guia Hagah, Google Earth, Fórum Valinor, usamos de tudo, e por fim nossas consultas na lan house não nos ajudaram em nada. Mas a informação da companhia de ônibus que nós poderíamos trocar as passagens sem multa nenhuma nos atiçou a vontade de buscar uma solução de estadia. Se trocássemos os bilhetes três horas antes da marcada não teríamos problema nenhum.

O meu amigo joinvilense que encontrei na fila do cinema era uma solução. Liguei pra ele, mas ele já estava voltando de viagem. Eram dois problemas pra resolver, mas primeiro tínhamos que garantir o ingesso, se não de nada adiantava ficar.

Voltamos à fila. E ela estava ainda maior. Meu amigo olhou pra mim e exclamou: "Não vai dar tempo de enfrentarmos essa fila e chegarmos a tempo na rodoviária pra trocar as passagens!". De fato, tínhamos somente meia hora para comprar os ingressos e voltar à rodoviária.

Eu, como bom super-heroi, fui falar com uma das funcionárias do cinema e expliquei nossa jornada para assistir o tal filme na tal sala. Cordialmente ela levou ao gerente dela nossas súplicas que - embora eu não pudesse contar aqui - nos arrumou o ingresso para uma sessão do dia seguinte. Sessão dublada, ok, não era o que esperávamos, mas ao menos iríamos ver Avatar em IMAX.

Voltei com o troco e os ingressos na mão, tão expressivo quanto Robert Pattison, a pedido da funcionária que pediu pelo amor de Deus que não mostrássemos o ingresso para ninguém. Fiz um gesto com a sobrancelha para que o meu amigo saísse da fila e fomos correndo em busca de um táxi para chegarmos a tempo de trocar as passagens.

Até tentamos fazer o taxista ter dó da gente e ceder um sofá na casa dele para não precisarmos pagar hospedagem. Mas só conseguimos umas dicas de hotéis na frente da rodoviária a preços populares.

Trocamos a passagem com sucesso e escolhemos o hotel menos ruim. E de fato nem era tão ruim. Apesar do elevador quebrado, ele tinha toalhas para o banho, o que era uma preocupação minha, pois só tinha ido com a roupa do corpo.

Saímos pela noite curitibana em busca de um supermercado, onde pudéssemos comprar janta e café da manhã. Ali nada demais aconteceu, a não ser o fato que não havia pão francês e precisamos comprar quatro deles numa padaria que nos cobrou R$ 2 por isso. Absurdo!

Na volta ao hotel, além dos nossos vizinhos de quarto (do andar de cima) que ficavam cuspindo nas nossas cabeças pela janela (uma pista do que vai acontecer no final dessa história), e das conversas sinistras envolvendo demônios e a Dori do Procurando Nemo, nada de estressante aconteceu. Só que meu amigo, diz ele, não dormiu a noite toda, certa hora da madrugada alguém queria entrar no quarto e eu não vi nada. Relatos contam que eu não durmo, eu morro. Bom... isso não é relevante.

Dia seguinte, tomamos o nosso café da manhã com bolo formigueiro e o achocolatado pronto da Frimesa (gente, é muito ruim, nunca comprem nem tomem isso!), tomamos nosso caminho rumo ao cinema. Meu amigo estava mal, até entrarmos na sala e viajarmos a Pandora numa experiência indescritível. Santo remédio esse IMAX!

Nós ainda tínhamos uma hora e meia em Curitiba desde que retornamos à rodoviária. Resolvemos ver algum lugar bacana por perto, pois seria entediante ficar na rodoviária esse tempo todo. No balcão de informações turísticas descobrimos que o Jardim Botânico ficava próximo e caminhamos até lá.

Tinha acabado de chover em Curitiba. As poças de água se formavam pelos cantos das ruas e calçadas. No caminho, uma dessa calçadas estava intransitável, pois a chuva havia formado uma verdadeira lagoa. Meu amigo me disse: "Vamos ter que invadir a rua e correr se não quisermos nem nos molhar, nem morrer atropelados". Feito. Mas só foi invadirmos a pista, dezenas de carros já vinham em nossa direção. Gritei: "Atravessa a rua, atravessa a rua!". E seguimos para a calçada do outro lado da rua, que margeava a pista de ônibus, também alagada.

Respirávamos aliviados, por termos escapado de um terrível atropelamento até ouvirmos uma buzina insistente. Juntos pensamos: "Mas porquê a buzina se não estamos no meio da rua?". A resposta não tardou. Um ônibus biarticulado invadiu a pista alagada e secou-a nas nossas roupas. E nunca vi um ônibus com tantas rodas! Era água que não acabava mais!

Com cheiro de asfalto, visitamos o ponto turístico de Curitiba e voltamos a Joinville sem mais nenhuma desventura pra contar. E era só o que faltava ter mais alguma, né?
obs. 1: Adorei o transporte coletivo de Curitiba. Aquelas conexões entre os tubos são incríveis e a moça falando nas caixas de som a próxima parada são muito interessantes. Andar de ônibus em Joinville se tornou broxante agora (mais do que já era);
obs. 2: Em breve eu comento Avatar no Set Sétima.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Beto Carrero World

Depois de mais de mês sem novas postagens, volto à ativa num assunto de pouco rendimento, mas, ainda assim (pra mim), interessante. Não se propõe, no entanto, a ser mershandising. Muito pelo contrário. É uma experiência minha, meus sentimentos em relação a este lugar.
Em 2001 foi a primeira vez que eu fui no Beto Carrero. Na ocasião, o valor promocional do passaporte era R$ 15. Eu tinha 12 anos, nunca tinha visto uma montanha-russa na vida, tampouco passado um dia tão divertido na minha história e, por isso, aquele dia me marcou tanto que o parque, um dos maiores do mundo e o maior da América Latina, passou a ser uma das minhas rotas prediletas.

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Oito anos se passaram e ontem eu fui pela 9ª vez. O passaporte promocional é, hoje, mais caro que o preço normal que quando eu fui pela primeira vez: R$ 60. Mas o que é capaz de fazer eu gostar tanto desse lugar? Enumero:

Por ser um parque temático, eu, na minha fértil imaginação, imagino horrores de coisas. A cada rua do parque eu me deparo com uma história, com o "Era uma vez" de um livro, ou com a abertura de um filme. Seja na Ilha dos Piratas, no Velho Oeste, ou num passeio de trem pelo tempo e na era dos dinossauros. Sempre volto de lá carregado de inspiração, pesado de "bagagem imaginativa" e saciado de fantasia e adrenalina.

Pelo fato de Beto Carrero ter sido um cowboy, cavalo é o que não falta. E é incrível ver tantos animais - um dos meus prediletos - de várias raças, cores e tamanhos. Desde o mais desconhecido, até o famoso companheiro do falecido João Murad: o Faísca. E o que mais chama a atenção é o cuidado com que os animais são tratados. Respeito, carinho, higiene. Além de todo o gigantesco zoológico com diversos animais: algo que não é tão fácil de vermos com frequencia: zebras, girafas, elefantes, leões, ursos e uma verdadeira fauna de mamíferos e aves.

E pra deixar o dia de qualquer um que passa por lá ainda mais incrível claro que tem os brinquedos. Atração principal que transforma o dia de todo mundo. E, apesar de não serem muitos (os radicais), mas são caprichados.

Ontem fui na nova montanha-russa. Inaugurada em 28 de dezembro, alguns navios fizeram o translado, duzentos e poucos caminhões percorreram escoltados na BR-101 sul, interditada especialmente para o transporte. Tudo isso para botar de pé a maior montanha-russa da América Latina, única invertida do Brasil (com os trilhos sob a cabeça e os pés suspensos), numa queda de 40 metros a 100km/h, uma paisagem exuberante e um trajeto que passa por cima de um rio. Andar ali é uma experiência sem explicações. Fenomenal. Valeu a pena a fila de uma hora.

Além de todos os outros já conhecidos: a Star Montain, o Elevador, Tchibum, Império das Águas, Big Tower (que eu não fui dessa vez, faltou coragem) entre tantos outros.
E pra encerrar, um show que mistura comédia e bang-bang, numa lenda criada para contar a história de Beto Carrero, conforme ele sonhava em ser conhecido: o Zorro brasileiro.

Sei que existe nesse mundo (e isso é assunto para outro post) pessoas de vários tipos que sempre querem ver "sem gracisse" nessas coisas. Que não entendem o que é sonho e fantasia e o quanto tudo isso faz bem pra gente. E pior ainda são aqueles que sempre atribuem a realização do sonho à desonestidade.

A história de João Murad e tudo o que ele conquistou me enche de esperança e confiança, e talvez seja por isso que eu goste tanto daquele lugar. Ele sonhou em ser o "cowboy brasileiro" e, apesar de título não tão popular, não houve outro além dele. Ele sonhou em construir a "Disney brasileira", e ergueu. Não está pronta, e nem é tão majestosa quanto o parque americano, mas está no caminho certo. E tudo começou simplesmente com um circo.

Os maldosos, como disse acima, costumam atribuir essas coisas à atitudes desonestas, como "vender a alma". Eu até acredito que João Murad tenha vendido a alma, mas não para o diabo. Vendeu para os seus sonhos, para seus músculos e suas ideias. Vendeu para sua mente, para, com força de vontade, arregaçar as mangas e lutar por aquilo que ele queria. E tudo foi tão intenso e verdadeiro, que contagia a cada um de nós quando entramos lá e nos entregamos às viagens que cada metro quadrado do parque nos proporciona embarcar.

Sem dúvida, cada passo é uma aventura radical.



Fotos: no alto, o letreiro gigante na entrada da Fire Wip e um pedacinho dela. Foto minha
Aqui embaixo, foto de divulgação dos loopings da Star Montain

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sábado, 26 de janeiro de 2008

A paixão dos brasileiros

Hoje, pela primeira vez na minha vida fui num estádio de futebol para acompanhar uma partida. Na verdade não foi a primeira vez, mas que eu me lembro, sim.
De lá tenho muitas concusões a tirar. A primeira é que nem é tão ruim quanto parece, mas como diz a música (sei lá se essa frase é uma música) "Nem tudo são flores".
O time tava ruim. Pra vocês saberem de quem falo, era do Joinville Esporte Clube, ou JEC. Depois de uma semana conturbada onde jogadores do time se meteram em bagunça e foram parar na delegacia recebendo, cada um, diferentes punições, não se parava de falar nisso. Era engraçado pra não dizer enjoado. Qualquer erro no time alguém berrava: "Vai beber cachaça, seu pinguço!" ou "Se tivesse um pandeiro no gol do adversário o JEC tava ganhando: iam todos correr pra lá". Mas isso são particularidades desse jogo.
Analisando coisas que existem em todos os jogos de futebol podemos observar que: estádio de futebol deveria ser proibido para menores de 18 anos; a quantidade de palavras são mínimas se comparado com a quantidade de palavrões. Sem contar que você sai de lá um xingador profissional! Cada um tem um jeito mais criativo de xingar que o outro. É muito interessante isso! Rende uma monografia!
A torcida: é lindo de se ver. Quando há paz e alegria como único tempero. A torcida organizada cantava, animava, batucava e era tudo muito bonito. Ali via-se um jeito bonito de gostar de futebol.
Tem também os aplausos. Eu não sabia que a torcida aplaudia a cada lance bom. Pra mim isso era coisa de tênis. Futebol é mais povão! Capaz que sairão aplausos de lá! Mas acontece! E não é da área VIP não! É o povão da arquibancada que apaude! Muito educado isso, se, quarenta segundos depois não houvesse um disparo lá de trás gritando: "Seu filho da pu**, vai tomar no teu c*!"
O jogo, no geral não tava nada de belo. Parecia pelada que vemos muleques jogarem na esquina da nossa rua, mas deu pra ampliar minhas percepções sociais: foi mais uma para minha bagagem.
Vou voltar sim! No geral não é ruim! Bem que futebol podia ser programa de nerd também, mas não é. De qualquer forma, é bom sair da rotina!

O resultado? Ah, é verdade! Tem que dizer o resultado né? Bem, pelo que eu me lembre foi 3x1 para o JEC. Nossa! Mas eu nem falei quem jogava contra o JEC né? Vamos consertar isso aqui:
O JEC jogou nesse sábado, 26 de janeiro, na Arena Joinville mais uma partida pelo Campeonato Catarinense. O time da casa venceu o visitante por 3x1 e agora precisa de mais uma vitória contra o Criciúma, próximo adversário, se quiser chances de boas colocações na tabela do campeonato.

Bem, não sei se fui bem. Uma coisa eu tenho certeza, eu não sirvo pra jornalismo esportivo! :), mas se sou brasileiro, pelo menos um pitaco posso dar né? Apaixonados pelo futebol e carudos em todos os momentos; são as características do brasileiro. Eu sei que pelo menos a segunda eu tenho!
Abraços ao meu amigo Giba! Meu parceiro de estádio! hehe

E não deixem de visitar: http://julianoreinert.blog.uol.com.br